Chuva no Rio Grande do Sul: mais chuva extrema tornará situação crítica; veja previsão
- 30/04/2024
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O Rio Grande do Sul volta a viver o drama das águas com cidades inundadas, enchentes com rios transbordando, mortes e estragos, repetindo as cenas do segundo semestre do ano passado que marcou o auge do evento do El Niño de 2023-2024 e que foi responsável por inundações de proporções históricas no estado.
O cenário é muito complicado com a perspectiva de mais chuva se somando ao que já choveu, o que fará a situação no estado crítica com prejuízos materiais consideráveis e elevado risco de perdas de mais vidas humanas, adverte a MetSul Meteorologia.
Os acumulados de chuva em 96h até o fim da tarde de hoje em várias cidades gaúchas eram extremos e mesmo extraordinários em alguns municípios com acumulados em apenas quatro dias acima de 400 mm. Os pluviômetros do Cemaden indicavam 448 mm em Segredo, 410 mm em Lagoa Bonita do Sul, 371 mm em Faxinal do Soturno, 329 mm em Santa Maria, 318 mm em Cachoeira do Sul, 313 mm em Candelária e Nova Palma, 312 mm em Arroio do Tigre e 310 mm em Lajeado.
Muitas cidades acumulavam entre 200 mm e 300 mm do Centro para o Leste do estado, como quase toda a Grande Porto Alegre que está com 200 mm a 250 mm. Até o final da tarde havia chovido desde o fim de semana 246 mm em Sapucaia do Sul, 236 mm em Canoas, 229 mm em Gravataí, 203 mm em Viamão, 200 mm em Novo Hamburgo, e 183 mm em Eldorado do Sul e Alvorada. São volumes equivalentes a dois meses de chuva em apenas quatro dias.
Na rede do Instituto Nacional de Meteorologia, os volumes em 96h até o fim da tarde somavam 287 mm em Santa Maria, 279 mm em São Gabriel, 271 mm em Bento Gonçalves, 237 mm em Canela, 226 mm em Caçapava do Sul, 215 mm em Rio Pardo, 206 mm em Campo Bom e 203 mm em Porto Alegre.
Os números deixam claro. Estamos diante de um evento excepcional de chuva no Rio Grande do Sul, favorecido por uma situação climática fora do comum na América do Sul com uma massa de ar quente incomum para esta época do ano sobre os estado do Centro do Brasil.
O que já é grave vai piorar. O cenário que enxergamos na MetSul Meteorologia, sem meias palavras, deve evoluir para extremamente grave. Várias cidades devem enfrentar situação de calamidade a desastre. Em locais em que já choveu 200 mm a 400 mm, os dados de modelos numéricos indicam mais 150 mm a 300 mm ou mais até sábado.
MetSul