Lula diz que os argentinos precisam eleger um presidente “que goste de democracia”
- 14/11/2023
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Ao comentar as eleições presidenciais na Argentina, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira (14) que o país vizinho é “muito importante” para o Brasil e que precisa eleger um presidente “que goste de democracia”.
O petista deu as declarações durante a live semanal Conversa com o Presidente. No próximo domingo (19), os argentinos voltarão às urnas para o segundo turno do pleito. Estão na disputa o atual ministro da Economia do país, Sergio Massa, e o candidato populista Javier Milei.
A Argentina é o principal parceiro econômico do Brasil na América do Sul. “O Brasil precisa da Argentina, e a Argentina precisa do Brasil. Dos empregos que o Brasil gera na Argentina e dos empregos que a Argentina gera no Brasil, do fluxo comercial entre os dois países e de quanto nós podemos crescer juntos”, disse Lula.
“Para isso, é preciso ter um presidente que goste de democracia, que respeite as instituições, que goste do Mercosul, que goste da América do Sul e que pense na criação de um bloco importante”, completou.
Na live, Lula evitou declarar apoio a um dos candidatos. Ele disse que os argentinos são soberanos para escolher o chefe de Estado. Integrantes do governo brasileiro, no entanto, têm preferência pelo candidato de centro-esquerda Sergio Massa.
Candidato de oposição ao governo de Alberto Fernández, Milei já fez duras críticas a Lula. Especialistas avaliam que uma eventual vitória dele pode complicar as relações entre Brasil e Argentina. Milei já classificou o petista como “socialista com vocação totalitária” e disse que o Mercosul é um “fracasso”.
Lula defende o fortalecimento do Mercosul e tenta fechar um acordo do bloco com a União Europeia. “Eu só queria pedir para o povo argentino que, na hora de votar, pense na Argentina. É soberano o voto de vocês, mas pense um pouco no tipo de América do Sul que você quer criar, de América Latina que você quer criar e de Mercosul que você quer criar. Juntos, nós seremos fortes. Separados, nós somos fracos. É isso que eu queria que você pensasse na hora de votar'”, afirmou o presidente brasileiro.
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