Agência dos Estados Unidos aprova a primeira vacina contra a chikungunya
- 10/11/2023
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A agência norte-americana FDA (Food and Drug Administration) aprovou nesta sexta-feira (10) a primeira vacina contra a chikungunya. O imunizante será comercializado com o nome de Ixchiq.
A vacina, de dose única, poderá ser aplicada em pessoas com 18 anos ou mais em regiões expostas ao vírus causador da doença. Ela contém uma versão viva e enfraquecida do vírus.
O imunizante aprovado é do grupo Vanlneva, uma produtora de vacinas da Áustria. No Brasil, o Instituto Butantan tem parceria com a empresa.
A segurança da Ixchiq foi avaliada em dois estudos clínicos realizados na América do Norte, nos quais cerca de 3.500 participantes com 18 anos ou mais receberam uma dose da vacina.
Em um deles, feito nos Estados Unidos, foi analisada a resposta imunológica de 266 participantes que receberam a vacina comparando com a resposta imunológica de 96 que receberam placebo. O nível de anticorpos avaliado nos participantes do estudo baseou-se em um nível que demonstrou ser protetor em primatas não humanos que receberam sangue de pessoas que foram vacinadas. Quase todos os participantes do estudo da vacina atingiram esse nível de anticorpos.
A vacina foi aprovada usando o caminho de aprovação acelerada, que permite que a FDA aprove certos produtos para condições graves ou com risco de morte com base em evidências da eficácia de um produto que tem probabilidade razoável de prever benefícios clínicos.
Chikungunya no Brasil
A chikungunya surgiu no Brasil há dez anos e se espalhou pelo País, atingindo 60% dos municípios brasileiros. O vírus é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, mesmo vetor do vírus da dengue e do zika vírus. Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil já registrou mais de 1,1 milhão de casos, com 909 mortes.
Os sintomas da doença são: febre, dores intensas nas articulações, dores nas costas e pelo corpo, dor de cabeça, erupção avermelhada na pele, náuseas e vômitos, dor atrás dos olhos e calafrios.
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