El Niño já interfere no planejamento e na estratégia de produtores para semeadura da soja no RS
- 22/10/2023
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Se em anos anteriores o produtor rural pedia chuva, na safra de verão do ciclo 2023/2024 o panorama mudou. Duas semanas após a abertura do calendário de semeadura da soja, os agricultores gaúchos estão à espera de sol para que o solo tenha condições de receber os plantios da principal lavoura extensiva do Estado. “A intensidade e a frequência das chuvas têm interferido no andamento da estratégia de plantio dos produtores, e o problema disso são as dificuldades inerentes da perda do planejamento, que interferem na realização das atividades”, afirma o assistente de culturas da Emater/RS-Ascar, Alencar Rugeri. “O Rio Grande já pode dizer que seu plantio começou com problemas de atraso”, corrobora o vice-presidente da Associação dos produtores de Soja do Estado do Rio Grande do Sul (Aprosoja RS), Décio Teixeira,.
O cenário é decorrente dos efeitos do El Niño, cujos prognósticos indicam chuvas mais frequentes, volumosas e persistentes no último trimestre do ano, além de tempestades, fortes rajadas e granizo, impactando culturas agrícolas.
O dirigente da Aprosoja RS lembra que, apesar de o calendário estabelecido pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) permitir o plantio de soja a partir de 1º de outubro, poucos produtores plantam mais cedo, preferindo iniciar a semeadura na segunda quinzena de outubro e no início de novembro. Para essa safra, a persistência de chuvas e de umidade que encharcam os campos e impedem a entrada de máquinas requerem mais atenção. “O produtor vai esperar uma janela para colher as culturas de inverno, para depois se lançar ao plantio, quando a terra estiver mais enxuta”, explica Teixeira.
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