Leite Compensado: MP identifica uso de soda cáustica e água oxigenada em produtos lácteos de fábrica no RS; 4 são presos
- 12/12/2024
- 0 Comentário(s)
O Ministério Público (MP) faz operação, nesta quarta-feira (11), contra a adulteração de produtos lácteos em uma fábrica da Dielat localizada no município de Taquara, na Região Metropolitana de Porto Alegre. É a 13ª fase da Operação Leite Compensado.
Conforme o MP, os produtos da Dielat têm ampla distribuição no Brasil e são exportados para a Venezuela. A empresa já venceu licitações para fornecer laticínios a escolas e a outros órgãos públicos. As marcas comercializadas no Brasil incluem Mega Lac, Mega Milk, Tentação e Cootall, enquanto na Venezuela os produtos levam o nome de Tigo.
Quatro pessoas foram presas, entre elas, um sócio-proprietário da empresa, Antonio Ricardo Colombo Sader; o diretor, Tales Bardo Laurindo; um supervisor, Gustavo Lauck; e um engenheiro químico, Sérgio Alberto Seewald (saiba mais abaixo).
O g1 e a RBS TV tentam contato com as defesas da Dielat e dos demais investigados.
De acordo com o MP, investigação indica que foi houve a adição de soda cáustica e água oxigenada em produtos como leite UHT, leite em pó e compostos lácteos. Essas substâncias são perigosas à saúde e usadas para reprocessar produtos vencidos e recuperar itens deteriorados (saiba mais abaixo).
O MP cumpre quatro mandados de prisão preventiva e 16 de busca e apreensão em Taquara, Parobé, Três Coroas, Imbé e na capital de São Paulo.
Ao menos sete cidades do RS já tiveram leite fornecido pela Dielat para merenda escolar, segundo o Tribunal de Contas do Estado (TCE). São elas: Alvorada (2023), Canela (2020), Gravataí (2020), Ivoti (2019), Porto Alegre (2023), Taquara (2022) e Viamão (2019).
"Alquimista"
Entre os presos, está o químico industrial Sérgio Alberto Seewald, conhecido como "alquimista" ou "mago do leite", figura central em fraudes identificadas em fases anteriores da operação. A Dielat teria contratado o químico para assessorar a produção.
Fonte: G1 - RS